Eca, eca.

Quando a gente pensa que não pode piorar, PIORA.
Hoje o teatro foi mais cedo. Ensaio normal, manhã normal. Eu e o Gurizinho -UHU fui autorizado a usar pseudônimos- pegamos o ônibus das 4 para voltar para Passo Fundo. Avistei o ônibus vindo pela rua e parando na parada. Entramos no ônibus. Foi... bizarro. Sentamos em um dos poucos lugares vazios, que era no fundo. O cheiro daquele banheiro era monstruoso. O cheiro de um animal podre era um perfume Avon perto daquele banheiro. Adoro comparações baseadas em hipérboles.
Enfim, ficamos sentados, cada um cobrindo o nariz da forma que podia. As janelas não abriam. NÃO abriam.
Eu olhava para o teto do ônibus e aquilo balançava.
Comecei a rir, afinal outra saída não tinha.
Paramos  na rodoviária de Carazinho e uma favelada desceu do ônibus -aliás, da última vez que eu vi tanta gente esquisita foi quando eu fiquei desde as 4 da manhã esperando a MagazineLuíza abrir para 'vender todo o mostruário em 70%-, liberando lugares mais à frente. Não pensamos duas vezes: fomos para lá.
Mesmo alguns bancos à frente, o cheiro penetrava minhas narinas me deixando de estômago embrulhado. Que nojo. O cheiro tomou conta daquele ônibus, e tivemos que suportar aquilo por uma hora até chegar em Passo Fundo.
Da próxima vez, pego carona com o tio aqui, ó:

Salvei uma vida... ou não.

Essa semana -não me recordo o dia-, estava indo ao colégio, ouvindo minha música sagrada e carregando meus materiais.
Ao subir metade da quadra, avistei um pássaro pousado no meio da rua, quieto. Os carros passavam a centímetros dele e ele não voava e nem andava; ele só tombava para os lados batendo as asas. Vários carros passando e eu desesperando vendo a morte em forma de pássaro... ou carros. Enfim, quando não desciam mais carros, eu fui pro meio da rua pra pegar o pombinho. Parei na frente dele, olhei para ele e disse a mim mesmo:
-E agora...?
Ele poderia ter me respondido. Eu ja estava atrasado para a aula e não sabia o que fazer.
Peguei ele. Quer dizer, na primeira tentativa ele deu um pulinho pra frente, mas insisti.
Em minha mão, eu olhei para ele com dó. Muita dó.
Carreguei ele para o canto da calçada e fui para o colégio. Parecia que o pombo conversava comigo pelo pensamento, e eu não conseguia parar de pensar nele. Não, não foi zoofilia.
Eu estava decidido: ao voltar para casa, ia procurar ele e levar ele para casa. Ele precisava de mim. Ou não.
Quando desci para casa, andei o quarteirão todo atrás dele, e nem sinal. Ingráto. Ele fugiu. Passarim?

Arroio dos Ratos - A volta

Êêêêêê! O último post da trilogia maravilinda. Peguem a pipoca, a vodka, o rap e o dinheiro, porque vai começar.

* * * *
A volta de arroio dos ratos foi tranquila. Quer dizer, eu tive de dormir durante a viagem para não surtar vendo as barbaridades que o motorista cometia. Rezo até hoje.
Quando chegamos em Carazinho, por volta das 3 da manhã, decidimos ficar na casa de nosso professor e pegar o ônibus das 8 para Passo Fundo. Fomos pro apartamento. Todos dormindo. Ah, beleza. Todo mundo quentinho, dormindo, sonhando e descansando... e eu acordado. Eu não consegui dormir, algo me incomodava. Acho que era o fato de que eu passei 2 dias sem realmente ir no banheiro para fazer minhas necessidades (vide nº 2). Em Arroio, eram 4 banheiros -2 no alojanemto e 2 no salão- para todo mundo. Sabe, essa hora é uma hora sagrada: eu preciso sentar, me concentrar, ouvir uma música e ficar zen. Chega de detalhes.
Faltava pouco para as 8, e estávamos de pé, arrastando bagagem e sacolas pelos corredores do prédio. Não sei se emagreci por carregar tanta coisa ou se fiquei musculoso por causa do peso da bagagem. É... acho que emagreci.
Saímos do prédio e andamos meia quadra até a parada de ônibus. O perdemos. Sentamos em cima de nossas bagagens, abraçados nos travesseiros. Todos que passavam juravam que estávamos drogados: nossos cabelos estávam em pé, eu usava capuz, nossos rostos inchados e olhos vermelhos. A situação de que parecíamos bêbados fora apagada quando um bêbado verdadeiro passou conversando com o ar:
-Êê... chegar em casa a patroa vai estar me esperando...
Eu ri.
Ficamos esperando como favelados até o ônibus das 9:30. Minha irmã dormiu sentada na mala, abraçada no travesseiro. Medo.
Pegamos o busão, e pude, por fim, adormecer por um momento.
Cheguei em casa, almocei, e fui no banheiro. Ah, fluiu!
Fui dormir as 11:30, e acordei por volta das 7:00 da noite. Tinha trabálho de física e fui dormir às 1:00 da manhã.  Adoro! #ironia