Um dia comum. Sim, comum.

Eu sei, há tempos que não penso em algo pra postar. Com a véspera do vestibular, é impossível até mesmo ir no banheiro ficar zen, como eu disse que faço, ou... Er, enfim!

Hoje de manhã. Aula normal, apresentações de trabalhos normais, estudantes normais. Estudantes normais? Toda regra tem uma excessão, acho que essa caiu sobre mim. De qualquer maneira, no fim da aula, peguei meu casado e me dirigi à saída. Até que minha colega me interrompe, tempo depois:
-Adriano, cadê seu material?
-Material? Que material?
-Sua mochila, Adriano.
-OMG, esqueci na sala!
Corri atrás da professora para pegar a chave e enfim pegar meu material.
Isso foi tranquilo, mas só alí percebi que eu estava bocó hoje. Muito bocó. Como diria o Leandro Hassum, bocó pra caráááááálho!!11

Sim, estou retardado hoje, fato comprovado agora a noite, no cursinho pré vestibular.
Hoje tinha aula de redação, no segundo período, e não podia faltar a essa aula, já que meu curso conta principalmente a redação.
Cheguei no cursinho, subi no elevador tranquilamente com dois rapazes fazendo piadas mais retardadas do que eu e rindo feito amebas.
Entrei no cursinho, segui pelo corredor calmamente e em silêncio procurando pela sala onde estaria a professora de redação. Avistei-a dando aula e não pensei duas vezes: entrei. Entrei não, quase arrombei a porta -sem querer, óbvio. Assim que entrei, olhei para a turma e não, aquela não era minha turma. Se houvesse um dia com mais estudantes dentro de uma sala de aula, aquele era o dia. Todos me olhavam com uma cara de surpresa ou de gozação. Perguntei, com tom de risada:
-Onde é a sala do.... ooo... o...... o.. Intensivo??!
Silêncio. Até a professora me encarava. Eu parecia um maluco. Sim, eu ESTOU retardado.
até que olho pra trás e vejo o professor de português me olhando.
-Perdeu a aula -disse ele.
Olhei para ele e para a professora, para a turma e finalizei:
-Ok, já entendi.
E saí.
Saí dando risada, na verdade.
Se fosse a uns dias atrás, eu morreria de vergonha, me esconderia ou iria embora, mas eu simplesmente dei muita risada, e amei isso que aconteceu. Não sei porque, mas to rindo até agora.
Tive aula normal, e vim embora no intervalo.
Agora estou sentado no sofá, ao lado de meu pai que assiste um filme no útimo volume do home theater. Epa, meus ouvidos sangram acho... Fui!

Eca, eca.

Quando a gente pensa que não pode piorar, PIORA.
Hoje o teatro foi mais cedo. Ensaio normal, manhã normal. Eu e o Gurizinho -UHU fui autorizado a usar pseudônimos- pegamos o ônibus das 4 para voltar para Passo Fundo. Avistei o ônibus vindo pela rua e parando na parada. Entramos no ônibus. Foi... bizarro. Sentamos em um dos poucos lugares vazios, que era no fundo. O cheiro daquele banheiro era monstruoso. O cheiro de um animal podre era um perfume Avon perto daquele banheiro. Adoro comparações baseadas em hipérboles.
Enfim, ficamos sentados, cada um cobrindo o nariz da forma que podia. As janelas não abriam. NÃO abriam.
Eu olhava para o teto do ônibus e aquilo balançava.
Comecei a rir, afinal outra saída não tinha.
Paramos  na rodoviária de Carazinho e uma favelada desceu do ônibus -aliás, da última vez que eu vi tanta gente esquisita foi quando eu fiquei desde as 4 da manhã esperando a MagazineLuíza abrir para 'vender todo o mostruário em 70%-, liberando lugares mais à frente. Não pensamos duas vezes: fomos para lá.
Mesmo alguns bancos à frente, o cheiro penetrava minhas narinas me deixando de estômago embrulhado. Que nojo. O cheiro tomou conta daquele ônibus, e tivemos que suportar aquilo por uma hora até chegar em Passo Fundo.
Da próxima vez, pego carona com o tio aqui, ó:

Salvei uma vida... ou não.

Essa semana -não me recordo o dia-, estava indo ao colégio, ouvindo minha música sagrada e carregando meus materiais.
Ao subir metade da quadra, avistei um pássaro pousado no meio da rua, quieto. Os carros passavam a centímetros dele e ele não voava e nem andava; ele só tombava para os lados batendo as asas. Vários carros passando e eu desesperando vendo a morte em forma de pássaro... ou carros. Enfim, quando não desciam mais carros, eu fui pro meio da rua pra pegar o pombinho. Parei na frente dele, olhei para ele e disse a mim mesmo:
-E agora...?
Ele poderia ter me respondido. Eu ja estava atrasado para a aula e não sabia o que fazer.
Peguei ele. Quer dizer, na primeira tentativa ele deu um pulinho pra frente, mas insisti.
Em minha mão, eu olhei para ele com dó. Muita dó.
Carreguei ele para o canto da calçada e fui para o colégio. Parecia que o pombo conversava comigo pelo pensamento, e eu não conseguia parar de pensar nele. Não, não foi zoofilia.
Eu estava decidido: ao voltar para casa, ia procurar ele e levar ele para casa. Ele precisava de mim. Ou não.
Quando desci para casa, andei o quarteirão todo atrás dele, e nem sinal. Ingráto. Ele fugiu. Passarim?

Arroio dos Ratos - A volta

Êêêêêê! O último post da trilogia maravilinda. Peguem a pipoca, a vodka, o rap e o dinheiro, porque vai começar.

* * * *
A volta de arroio dos ratos foi tranquila. Quer dizer, eu tive de dormir durante a viagem para não surtar vendo as barbaridades que o motorista cometia. Rezo até hoje.
Quando chegamos em Carazinho, por volta das 3 da manhã, decidimos ficar na casa de nosso professor e pegar o ônibus das 8 para Passo Fundo. Fomos pro apartamento. Todos dormindo. Ah, beleza. Todo mundo quentinho, dormindo, sonhando e descansando... e eu acordado. Eu não consegui dormir, algo me incomodava. Acho que era o fato de que eu passei 2 dias sem realmente ir no banheiro para fazer minhas necessidades (vide nº 2). Em Arroio, eram 4 banheiros -2 no alojanemto e 2 no salão- para todo mundo. Sabe, essa hora é uma hora sagrada: eu preciso sentar, me concentrar, ouvir uma música e ficar zen. Chega de detalhes.
Faltava pouco para as 8, e estávamos de pé, arrastando bagagem e sacolas pelos corredores do prédio. Não sei se emagreci por carregar tanta coisa ou se fiquei musculoso por causa do peso da bagagem. É... acho que emagreci.
Saímos do prédio e andamos meia quadra até a parada de ônibus. O perdemos. Sentamos em cima de nossas bagagens, abraçados nos travesseiros. Todos que passavam juravam que estávamos drogados: nossos cabelos estávam em pé, eu usava capuz, nossos rostos inchados e olhos vermelhos. A situação de que parecíamos bêbados fora apagada quando um bêbado verdadeiro passou conversando com o ar:
-Êê... chegar em casa a patroa vai estar me esperando...
Eu ri.
Ficamos esperando como favelados até o ônibus das 9:30. Minha irmã dormiu sentada na mala, abraçada no travesseiro. Medo.
Pegamos o busão, e pude, por fim, adormecer por um momento.
Cheguei em casa, almocei, e fui no banheiro. Ah, fluiu!
Fui dormir as 11:30, e acordei por volta das 7:00 da noite. Tinha trabálho de física e fui dormir às 1:00 da manhã.  Adoro! #ironia 

Sobrou pra mim...

Hoje, dentro do ônibus, voltando do teatro com mais 3 amigos, passei por uma situação tensa: logo que nosso ônibus parou na rodoviária de Carazinho -o pegamos no centro- entrou um homem e sentou pouco distante de nós. Ele era normal, cabelo loiro meio comprido, e todas aquelas características que fazem as mulheres morrerem de 'amor' (levem para o sentido proibído, grato) por homens.

Tudo bem, a viagem seguiu normal, com meu olho coçando de conjuntivite, uma das minhas amigas morrendo de 'amores' pelo rapaz, a outra batendo no meu colega, essas coisas comuns. Até que:

-Ai, você viu aquele cara que sentou la na frente? Nossa ele é muito lindo! -exaltou uma delas.

-Ai. Meu. Deus. Se acalma muié, tu não perde uma chance né. -disse eu.

-Ai, gente eu preciso falar com eleeee!

-Então vai ué.

-Eu não. Alguém vai falar com ele por mim.

'Nem fudendo' pensei. Mas continuei:

-Eu não vou!

-Vaaaaaai, por favor. Você é meu irmão, -Não somos irmãos de verdade, mas consideramos por motivos físicos... somos muitos parecidos (não, eu não tenho peitos)- e tem que fazer essas coisas pela irmã.

Respirei fundo, peguei um papel e um lápis e comecei a andar.

Voltei. Óbvio que aquilo tava tenso. O que ele ia pensar? Algo como 'nossa, agora tem homens dando em cima de mim em ônibus... uau'

Ta, fui, fui, fui e... ele estava dormindo. Cutuquei ele com o lápis e comecei:

-Er, oi...

Ele me encarava, mas continuei, antes que ele falasse alguma coisa que piorasse minha situação:

-Olha só, minha amiga alí atras queria teu msn, sabe... ela queria te conhecer.

Ele continuava me encarando. Olhou pra folha, olhou pra mim e disse:

-Nossa...

-Não é todo dia que acontecem coisas assim né. E se quiser ver ela, ela ta sentada alí atrás, ó. -disse olhando pra ela.

Ele anotou o msn dele no papel e me entregou. Eu decifrei o que ele havia escrito, agradeci e saí.

Sério, eu queria passar conjuntivite pra minha irmã na hora, louca, tarada. Tá, foi engraçado, pronto falei.

-Ta me devendo um monte depois dessa.

Rimos muito, claro.

MAAAAS, porém, contudo, entretando, todavia... nem tudo são flores: havia uma outra amiga conosco, então como fazer para que o rapaz não se confundisse com as garotas? Simples. Eu e minha irmã fingíamos que não conhecíamos o resto de nossos amigos, e sentamos mais pra frente, assim o homem me reconheceria quando chegássemos em nosso destino e automaticamente sabería que a garota em questão era quem estava ao meu lado.

Ele nem viu ela, pois ela desceu antes de chegarmos a rodoviária de Passo Fundo.

Chegamos na rodoviária. Ah, coisa boa. Ele se levantou, olhou pra mim, deu um jóia e desceu do ônibus. Quanto mico, quanta vergonha.

Resultado: descobri agora que esse rapaz é primo de uma de minhas colegas que estudou conosco, e que eu ja conhecia ele, só não lembrava. É, isso é a vida de um adolescente em crise, meu povo!

Viagem para Arroio dos Ratos - A ida.

2:00 da tarde. Eu e mais 7 amigos estávamos entrando na van para ir até Arroio dos Ratos por causa do teatro. Lá iria haver um festival com vários grupos apresentando suas peças.
Pegamos a estrada. Na van tinha um GPS que marcava bem certinho o caminho que havia de ser feito até nosso destino, mas não saiu como o planejado: desviamos da rota principal.
Até aí tudo bem. Porém, com o passar dos metros, nos metemos em uma pedreira ou sei la o que era aquilo. Era pedra pra todos os lados. Sem contar que passávamos por pistas onde do lado havia um barrancão de metros abaixo. 'Vem ni mim 2012', pensei. Continuanos sacudindo dentro da van (suspeito que por causa disso agora eu sou infértil -zuei) até que homens que estavam trabalhando no local pararam nossa van:
-Não vamos poder deixar vocês passarem
-Por quê? -Indagou o motorista.
-Ah... vai ter uma explosão alí em cima daqui a pouco e vai cair pedra na pista. Em 5 minutos a gente libera pra vocês.
PERAÍ! Tive que respirar fundo, contar até 124532, tomar um pouco de cerveja (zuei), guardar minha arma (zuei de novo) e descer da van. Pensei: 'Fudeu'. Se minha mãe ficasse sabendo de tudo o que se passara alí, ela iria me matar -mesmo se eu ja tivesse morto por ser atingido por algum pedregulho ou algo assim.
Descemos da van, e começamos a conversar. Um dos meus amigos quase que injetava cerveja na veia e comia cigarro. Ri muito, mas fiquei tenso.
Ah, é... 5 minutos? 5 MINUTOS O CAC#TE (precisei digitar isso, loucura!). 1 hora depois acontecem as explosões. Isso, AS explosões.
Eu não morri, ninguém morreu. Oremos.
-A gente não vai poder deixar vocês continuarem. Cairam muitas pedras na pista, e só amanhã pra liberar. -informou o cara lá.
Ai. Meus. Deus.
Mas não ficou por isso. Acabou que conseguimos seguir a viagem sem problema nenhum. Quer dizer, alí.
Mais tarde, passamos da entrada da cidade e e tivemos que voltar pedaço do caminho de volta.
Resultado? Uma viagem que deveria demorar 3:30/4:00 demorou 8:00!
Mas sim, foi engraçado... depois que passou.

Case Closed

Comunicação é o que há!

Bom, preciso postar isso aqui pra mostrar uma gafe enorme que cometi um dia, mas não me arrependi.
Hoje, após sair da minha aula de música, fui convidado por uma colega para assistir uma peça de teatro onde ela ia atuar. Claro que eu não ia perder essa, né. Mas, eu sou extremamente perdido em relação a localização. Beleza, peguei o endereço: Teatro Múcio de Castro.
Saí da aula de música e fui onde acreditei ser o teatro. Me enfiei num beco bizarro e escuro.
Então, de repente, eu vi uma luz (não, eu não morri), e corri pra lá. Ao entrar na sala, vi pessoas. Cheguei perto delas bem simpático e comecei a falar:
-Hã, vocês sabem me dizer…-Fui interrompido.
Eles eram surdos. Ah, fiquei morrendo de vergonha, fiquei perdido sem saber o que fazer. Fiz um joinha pra eles e saí da sala com a cara roxa de vergonha. Aposto que eles ficaram me zombando na lingua deles no final.
Fui pra sala ao lado, entrei e fui logo falar com uma mulher que estava sentada:
-Sabe me dizer onde fica o tea…-OPS, ela era surda. Todos eram.
Enfim, fiquei parado, desesperado porque eu não sabia o horário exato em que a peça começaria, e comecei a olhar pra cara dos surdos com um olhar de cachorro sem dono.
Então, um deles foi minha salvação, ele me entregou um caderno e pediu que eu anotasse o que eu precisava saber. Me emocionei. Escrevi:
-'Onde fica o teatro Múcio de Castro?'
Então, o que leu, apontou pro lado. Fiz joinha novamente e saí voando da sala, morreeeeeendo de vergonha de novo.
Cheguei no teatro, mas a peça não tinha começado e só ia começar depois de umas 2 horas de arrumação e coisas do gênero. “SOCORRO” eu pensei.
No final, eu fiquei plantado na chuva esperando meu pai me buscar porque não iria assistir a peça, era muito tarde pra mim.

GAFEEEE!

Case closed.