Salvei uma vida... ou não.

Essa semana -não me recordo o dia-, estava indo ao colégio, ouvindo minha música sagrada e carregando meus materiais.
Ao subir metade da quadra, avistei um pássaro pousado no meio da rua, quieto. Os carros passavam a centímetros dele e ele não voava e nem andava; ele só tombava para os lados batendo as asas. Vários carros passando e eu desesperando vendo a morte em forma de pássaro... ou carros. Enfim, quando não desciam mais carros, eu fui pro meio da rua pra pegar o pombinho. Parei na frente dele, olhei para ele e disse a mim mesmo:
-E agora...?
Ele poderia ter me respondido. Eu ja estava atrasado para a aula e não sabia o que fazer.
Peguei ele. Quer dizer, na primeira tentativa ele deu um pulinho pra frente, mas insisti.
Em minha mão, eu olhei para ele com dó. Muita dó.
Carreguei ele para o canto da calçada e fui para o colégio. Parecia que o pombo conversava comigo pelo pensamento, e eu não conseguia parar de pensar nele. Não, não foi zoofilia.
Eu estava decidido: ao voltar para casa, ia procurar ele e levar ele para casa. Ele precisava de mim. Ou não.
Quando desci para casa, andei o quarteirão todo atrás dele, e nem sinal. Ingráto. Ele fugiu. Passarim?

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